macroambiente
O mercado de trabalho no Brasil viveu um período de significativo dinamismo em grande parte dos anos 2000. A expansão do número de ocupados foi acompanhada por uma expansão do grau de formalização da mão-de-obra, pelo crescimento do rendimento médio e pelo aumento do grau de qualificação dos trabalhadores. A resultante expansão da renda do trabalho exerceu um impacto positivo sobre o crescimento da economia doméstica, ao reforçar o consumo das famílias, e explica grande parte da redução das desigualdades de renda no período.
Entre 1996 e 2007, o número de ocupados9 na força de trabalho brasileira cresceu 35%, passando de 65,4 milhões para 88,1 milhões. Os setores de serviços são os maiores responsáveis pela geração de empregos, seguidos pelas atividades agrícolas e de extração animal e vegetal. As atividades manufatureiras absorvem um percentual inferior a esses grupos, porém significativamente maior do que as atividades extrativas minerais que são muito intensivas em capital e pouco em mão-de-obra. O Gráfico 1 mostra a evolução desse crescimento nos diferentes setores, em um nível de desagregação maior.
Observe a tabela e compare a evolução das exportações brasileiras para blocos econômicos, em valores totais (US$), e quantidade em toneladas (ton), nos períodos de 12 meses, jun/mai 2000/01 e 2010/11
O número de ocupados ultrapassou o número de 90 milhões de trabalhadores, o que significou um crescimento de 18% em 2008 relativamente a 2002, conforme mostrado no Gráfico 1. Como resultado, a taxa de desemprego caiu significativamente –de 13% em 2002 a 9,4% em 200811. A composição em termos de gênero não mudou significativamente, ainda que observe-se uma tendência a um aumento da taxa de participação das mulheres ao longo do tempo.
A mudança em termos de qualificação da mão-de-obra é evidente . O número de empregados com poucos anos de estudo (baixa qualificação)