Macro
(1) A partir da notícia abaixo e dos seus conhecimentos em economia clássica e keynesiana, responda os itens.
Mercado de trabalho: o que esperar em 2013? (01/02/2013 - O Estado de São Paulo)
O mercado de trabalho teve um desempenho surpreendentemente bom em 2012. O desemprego caiu à mínima histórica, enquanto o rendimento real aumentou 3,2%. Surpreendente, pois isso aconteceu com o PIB crescendo apenas 1%. Olhando esses resultados, o que esperar para 2013? Aqui há duas considerações: uma, mais usual, em que grau a melhora no nível de atividade será suficiente para derrubar ainda mais o desemprego; outra, menos comum, em que o grau baixo de desemprego limitará o crescimento. Um PIB que cresce 1% em geral não produz alta no emprego, nem no rendimento, como em 2012. Os economistas não têm explicação segura por que no ano passado foi diferente. Mas especulam que as empresas estão retendo trabalhadores parcialmente ociosos, com receio de não achá-los depois se a economia crescer mais rápido. Além disso, o crescimento dos últimos anos favoreceu desproporcionalmente setores intensivos em mão de obra - comércio, construção e outros serviços. Um crescimento moderado em 2013 deve manter essas forças operando, ampliar a demanda por trabalho, empurrar o desemprego para baixo e o salário para cima. O grande risco é que haja alguma desaceleração mais forte e as empresas deixem de reter trabalhadores ociosos, o que desencadearia uma forte correção no mercado de trabalho. Que nada disso tenha acontecido em 2012 indica que o risco desse cenário é baixo. Mas será que o mercado de trabalho ainda tem espaço para acomodar uma alta significativa do emprego? O receio que muitos têm - inclusive, aparentemente, o Banco Central, a julgar pela última ata do Copom - é que não. É revelador, nesse sentido, que o número de horas trabalhadas, que aumentou 2,5% ao ano entre 2002 e 2008, desde então