Lúpus
Em 1851, o médico francês Pierre Lazenave observou pessoas que apresentavam "feridinhas" na pele, como pequenas mordidas de lobo. E em 1895, o médico canadense Sir William Osler caracterizou melhor o envolvimento das várias partes do corpo e adicionou a palavra “sistêmica” à descrição da doença.
Lúpus=lobo eritematoso=vermelhidão sistêmico=todo
O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença auto-imune crônica, multissistêmica, remitente e recidivante, que afeta predominantemente mulheres, com idade entre 20 a 60 anos e uma relação feminina: masculina de 10:1. Caracteriza-se por promover quadros inflamatórios em todos os órgãos, o que determina uma apresentação clínica polimórfica, que nas suas fases iniciais pode dificultar o diagnóstico preciso.
O conhecimento das principais características clínicas da doença é muito importante para o diagnóstico, uma vez que a primeira sintomatologia pode ocorrer num único órgão ou sistema, retardando a sua suspeita. As suas manifestações clínicas podem aparecer isoladamente, de forma consecutiva ou aditiva, principalmente nos primeiros cinco anos da doença, que é o período no qual ela habitualmente mostra os locais preferenciais de comprometimento.
Cabe salientar que existam sinais e sintomas que, podem freqüentemente estar presentes no início da doença. Neste sentido, torna-se imperativo verificar minuciosamente o envolvimento pregresso dos sistemas, pesquisando principalmente os sintomas mais encontrados na doença na busca de pistas para o seu diagnóstico.
Os critérios diagnósticos servem de guia na verificação dos diversos sistemas. Estes são constituídos de 11 parâmetros clínicos e laboratoriais, e devem estar presentes quatro destes de forma consecutiva ou seriada para se classificar um paciente com lúpus eritematoso sistêmico. São eles:
1.
Erupção malar: Eritema fixo plano ou elevado sobre as regiões malares e dorso do nariz.
2.
Lesão discóide: Placas eritematosas com