luzimarbarretofrancajunior
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1O TRABALHO NA GRANDE REDE HIPERMERCADISTA –
UM ESTUDO SOBRE O CARREFOUR E A
REESTRUTURAÇÃO NA DÉCADA NEOLIBERAL
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Luzimar Barreto França Junior∗
PPGCS – FFC – Unesp/Marília
INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais remotos, o comércio tem ocupado um relevante lugar na realização das necessidades sociais. Discorrer sobre este assunto é, ao mesmo tempo, discorrer sobre a história da humanidade. As relações comerciais são signos do desenvolvimento econômico e social dos povos. Na antiguidade, o comércio serviu para marcar as diversas épocas: o da dominação egípcia, passando pelos fenícios, os gregos até os romanos. Em cada etapa, as práticas comerciais eram desenvolvidas e ampliadas.
Cidades foram erguidas em razão do comércio praticado. Constantinopla significou o ápice da cidade comercial na antiguidade ligando o oriente ao ocidente, onde eram comercializados produtos oriundos desde o Báltico até o extremo leste asiático.
Na idade média, as cidades de Veneza, Gênova e Florença também prosperaram como grandes cidades mercantis. Ainda entre os séculos XIV e XVI, houve a formação das grandes potências navais e mercantis que foram Portugal,
Espanha e Holanda, cujas atividades em busca de novos territórios para comerciar, significaram a descoberta de novos itinerários, novos povos, novas culturas e novos produtos a serem mercanciados. Nos séculos
XVII, a Holanda, a Inglaterra e a França travaram dura luta pela hegemonia mercantil e marítima.
A invenção da máquina a vapor marcou a Primeira Revolução
Industrial a partir do século XVIII. O barateamento da fabricação de bens com a inserção do novo modelo de produção, a abertura de novos
¼ Texto elaborado a partir da pesquisa realizada no curso de mestrado: “O mundo do trabalho nos hipermercados – um estudo sobre o Carrefour”, sob orientação do Professor Dr. Giovanni Alves.
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caminhos transoceânicos (Suez e Panamá), a criação da indústria automobilística, enfim, significaram um novo estágio do comércio.
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