LOUIS KAHN - BIOGRAFIA E CARREIRA
O reconhecimento da história como busca de fundamentação para estratégias de projeto, nos dias de hoje, parece ser algo comum, ou, no mínimo, não parece estranho. O modernismo, na época de sua máxima expressão, teve alguns representantes que, ao exaltar em seus escritos o sistema compositivo moderno, renegaram valiosas experiências arquitetônicas do passado.
Giedion, Pevsner e outros tratadistas usaram a condenação de conceitos e paradigmas históricos (mesmo que isso não fosse a verdadeiro) para justificar a quebra com o passado e a emergência do moderno como disciplina capaz responder as necessidades de seu tempo (1). Louis I. Kahn inicia a fase mais importante de sua carreira na década de 50, na qual o modernismo começa a sofrer pesadas críticas, e alguns autores dão inicio a especulações na criação de novas teorias arquitetônicas. A partir desse período Kahn tenta reproduzir em sua obra temas discutidos acerca de aspectos históricos ou presentes no passado, como a monumentalidade, forma, ordem, luz, etc. Sem deixar de reconhecer o modernismo como sistema compositivo completo, e externando alguns aspectos históricos como geradores de relações formais em seus projetos e obras, Kahn obteve o reconhecimento de modernos e de antimodernos, e provou que o passado pode servir como base de novas explorações, como repertório válido, sem que se caia no ridículo do historicismo.
“Um arquiteto é parte do patrimônio da arquitetura, ao qual pertence o Partenon, ao qual pertencem as grandes salas do Renascimento. Todos eles pertencem à arquitetura e a tornam mais rica… e representam oferendas a ela”.
Kahn em desenvolvimento
Louis Isadore Kahn nasceu em 20 de fevereiro de 1901, na ilha de Osel, Estônia, filho de Leopold Kahn, um judeu artesão especializado em cristais, letrado e com facilidade para línguas; e de Bertha Mendelsohn Kahn. A família mudou-se para a Filadélfia com