Loja Virou Parque trabalho marketing
No esforço para atrair clientes e estimulá-los a gastar mais, redes varejistas da Europa e dos Estados Unidos instalam lagos, cachoeiras e todo tipo de parafernália tecnológica dentro de suas lojas - Por Adriana Pavlova
Espremido entre ruelas estreitas da cidade de Colônia, na Alemanha, não muito longe da catedral gótica que simboliza a cidade, o centro comercial Olivandenhof esconde atrás de sua fachada neoclássica uma das lojas mais surpreendentes da Europa. Trata-se de uma filial da rede alemã Globetrotter, dedicada a artigos para esportes de aventura. Logo ao entrar na loja, os visitantes deparam com o vasto átrio com uma cúpula que simula uma floresta tropical, onde fica uma piscina que faz o papel de lagoa. Nela, é possível testar caiaques, canoas, roupas e equipamentos de mergulho à venda na loja. Não muito longe dali, pode-se pôr à prova casacos e calçados impermeáveis em uma espécie de câmara dotada de um chuveiro gigante que simula uma chuva torrencial. Em outro compartimento, com temperatura de 25 graus negativos, os interessados em roupas e sacos de dormir para expedições polares podem conferir o grau de proteção das peças com a ajuda de um recurso incomum: eles são filmados por uma câmera de infravermelho que exibe, em uma tela de plasma, a forma como o calor se distribui pelo corpo. As novidades se sucedem conforme se anda pelos 6 500 metros quadrados da loja. Os produtos para montanhismo são dispostos sobre pedras como se estivessem num campo-base para escalada do monte Everest, e ao lado os visitantes podem testar os artigos para alpinismo em paredes de escalada ao som do canto de pássaros. Nem mesmo o banheiro masculino escapou do furor criativo do arquiteto da loja, o alemão Holger Moths — foi instalado dentro de um antigo barco de pesca.
A Globetrotter de Colônia é o exemplo mais bem-acabado de uma nova tendência no varejo que ganha força na Europa e nos Estados Unidos: as lojas que funcionam como centros de