logística
Da colheita ao beneficiamento, o preparo do café envolve uma série de operações e, de sua execução racionalmente conduzida depende a obtenção de um produto que as características de tipo e de qualidade exigidas para a sua boa comercialização.
Dois são os métodos de preparo de café conhecidos: via seca e via úmida. As operações comuns a ambos compreendem limpeza, separação, secagem, armazenamento, beneficiamento e classificação. Especificamente, o método por via úmida inclui trabalhos de separação de café em cereja, despolpamento, remoção da mucilagem e lavagem do produto.
No processo por via seco, utilizado entre nós para o preparo dos chamados cafés de terreiro, as faces de seu processamento poderão prescindir do emprego da água. No processo por via úmida, para obter os chamados cafés lavados ou despolpada é indispensável o uso da água.
O preparo do café depende, essencialmente, do produto da colheita. Tratando-se, por conseguinte de operação que se destaca como fundamental ao objetivo visado, especialmente no caso de se utilizar o método por via úmida, a colheita será apreciada em suas linhas gerais.
Colheita
Normalmente são praticados três sistemas de colheita: derriça no chão, colheita no pano e a "dedo".
Derriça no Solo: É a prática de uso generalizado, que inclui a "arruação", a derriça propriamente e as operações complementares de rastelação e abanação. De maneira geral, pode-se admitir que o tempo total gasto na colheita é assim distribuído: 60 a 70% na derriça, 20 a 30 % na rastelação e 10 a 15% na abanação. Esta última, apesar de mais rápida, constitui trabalho penoso para o colhedor. A arruação é feita por ocasião da última capina.
Em algumas zonas de terra arenosa e de clima quente e seco onde o café seca rapidamente na planta, este sistema é admissível e apresenta rendimento satisfatório, não exigindo maior esforço. Tal não acontece, porém, naquelas em que a maturação se processa desigualmente: a derriça se torna mais