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É comprada no país 1,7 camisinha per capita por ano, contra 10 no Japão, 8 na Grécia e 4,5 nos EUA, de acordo com dados da Nielsen estudados pela empresa.
Os países em desenvolvimento, como o Brasil e os da África, ainda têm um vácuo de bilhões de unidades de camisinha em relação à quantidade de preservativo disponível e a necessário para frear a epidemia de aids, avaliam o Unaids (órgão da ONU para o combate à aids) e outras organizações especializadas em mapear o uso do preservativo no mundo.
No Brasil, cerca de 600 milhões de preservativos são usados anualmente, mas entre 1 e 1,2 bilhão seriam necessários para prevenir a aids e outras doenças sexualmente transmissíveis de forma satisfatória, segundo o Ministério da Saúde.
Consumo
O diretor do Programa Nacional de DST e aids, Alexandre Grangeiro, diz que entre 35% e 40% dos preservativos usados no Brasil são distribuídos pelo Ministério da Saúde e o restante é comercializado.
"No Brasil, há três fábricas, mas elas não têm a capacidade ainda de suprir a demanda e fica mais barato importar. Esperamos uma mudança em 2005, quando deve começar a funcionar uma fábrica de camisinha com látex nacional administrada pelo governo no Acre", diz Grangeiro.
Para o Unaids, a camisinha deixa de ser consumida basicamente por três motivos: quantidade ainda insuficiente de produção, falhas na distribuição (o que inclui preços elevados) e resistência do usuário ao produto. Se usada de forma correta, a camisinha previne até 98% das transmissões do HIV, sendo o único método hoje existente para evitar a aids em populações sexualmente ativas.
Na visão do Unaids, a melhor forma dessa distribuição ser feita é por meio dos programas de marketing social do preservativo.
"Essas organizações têm basicamente três estratégias: fazer com que a necessidade do preservativo seja conhecida, facilitar o acesso e fazer com que a camisinha chegue ao preço mais baixo possível ao consumidor", avalia