logistica
A maioria dos autores do tema de Logística Reversa no Brasil concorda que o desenvolvimento das práticas em nosso país foi prejudicado pelo período da ditadura militar.
Isto se deve ao fato de que, naquela época (talvez você seja muito jovem para se lembrar disso), o desenvolvimento do Brasil era tido como uma das metas para provar que o regime era a melhor alternativa para a nação. Assim, nasceram obras grandiosas como Itaipu, a ponte Rio-Niteroi, a Transamazônica (esta foi “engolida” pela selva) e outras iniciativas desta natureza.
O que mais importava era mostrar sinais de progresso, e o que menos importava era a preocupação ambiental. De fato, somente com o início da abertura política nos anos 80 é que começaram a ser discutidas seriamente as ações voltadas para o tratamento dos impactos ambientais.
É importante destacarmos que no Brasil, apesar de a Legislação ser rigorosa na questão do descarte de materiais, os empresários sentem-se desestimulados a investirem pesadamente na Logística Reversa. Isto decorre do fator TRIBUTAÇÃO. Por exemplo, Martins (2006) comenta que o interesse dos empresários em buscar o reaproveitamento de materiais descartados no seu processo de fabricação diminui em razão da múltipla tributação. Qualquer material/produto que hoje se encontre descartado já sofreu diversas tributações ao longo do fluxo direto e, quando retornam à indústria para reaproveitamento, através dos canais reversos, incidem novos impostos federais, estaduais e até municipais, como o IPI, o ICMS e o ISS, desde a coleta até as mãos do reciclador. São esses impostos que incidem em cascata, um dos principais fatores que dificultam o bom funcionamento do ciclo de retorno de materiais às indústrias.
Além desse fato que tem dificultado, precisamos levar em conta a própria cultura dos consumidores e do empresariado brasileiro. O que mais importa a esses segmentos, que na verdade são “donos” do processo?
Numa pesquisa promovida entre