Logistica
Antônio Diniz Rauen, sócio proprietário, Mercadolar - PR
Segundo Luís Lobrigatti, consultor de empresas do Sebrae-SP, o supermercadista deve, em primeiro lugar, anotar todos os produtos que estão em estoque, incluindo os das gôndolas e todas as saídas. Esse trabalho pode ser feito por meio de softwares específicos ou mesmo a partir de um controle próprio. Assim será criado um histórico que dirá quais e quantos produtos saem e em quanto tempo, o que deve auxiliar na hora de fazer a reposição dos itens. Entre outros benefícios, o processo evitará rupturas.
Através do histórico também é possível criar a chamada curva ABC, ou seja, um gráfico que demonstre os produtos de maior importância do mix da sua loja, considerando quantidade, valor agregado e margem líquida proporcionada por cada item. Com esses dados o supermercadista poderá criar estratégias de promoções e exposições, para assim aumentar o faturamento da loja.
Para Lobrigatti, boa parte dos problemas no controle de estoque ocorre em decorrência da falta de comprometimento dos funcionários em anotar todas as saídas, e isso inclui também o que é descartado (verduras e alimentos da rotisseria, por exemplo). Isso porque não é criada a consciência entre os colaboradores de que se trata de um processo essencial para a operação do supermercado. Para que haja esse cuidado, vale promover treinamentos que exaltem estratégias para elevar os lucros da loja, mas que também mostrem os prejuízos, suas causas e as formas de evitá-los.
Outro ponto a ser destacado são as compras, que também fazem parte do controle de estoque. Lobrigatti aconselha adquirir pequenas quantidades de cada item para evitar perdas por vencimento. “Isso não impede que determinados itens de alto giro sejam comprados em grande escala, como sabão em pó. Mas é preciso ter condições para armazená-los, e considerar se o investimento está dentro do orçamento”, acrescenta o consultor.
Por fim, a verificação do