Logistica
Data: 10/11/1999
Peter Wanke
INTRODUÇÃO Este texto é o segundo de dois artigos dedicados à análise da gestão de estoques, a partir de uma perspectiva diferente da visão tradicional. No primeiro artigo foram vistas as principais motivações para a redução dos níveis de estoque, as armadilhas a serem evitadas segundo a visão tradicional e quais as transformações na cadeia de suprimentos estão permitindo as empresas operarem com menores tamanhos de lote de ressuprimento. Neste artigo serão abordadas as quatro decisões fundamentais para a formalização de uma política de estoques nas empresas, a saber: • Onde localizar os estoques na cadeia de suprimentos ? Esta decisão é referente à centralização ou à descentralização dos mesmos, vis-à-vis a análise de algumas dimensões relevantes como o giro, valor agregado e níveis de serviço exigidos. • Quando pedir o ressuprimento? Nesta decisão busca-se determinar se a empresa vai seguir ou não a metodologia sugerida pelo ponto de pedido. • Quanto manter em estoques de segurança? Ao calcular o estoque de segurança como função das variabilidades na demanda e no lead-time de ressuprimento, as empresas devem determinar se é possível reduzi-lo sem prejuízo para os níveis de disponibilidade de produto exigidos pelo mercado. • Quanto pedir? Finalmente, busca-se determinar se é mais adequado para uma empresa adotar a metodologia do lote econômico de compras ou implementar um regime de ressuprimento just in time. ONDE LOCALIZAR OS ESTOQUES NA CADEIA DE SUPRIMENTOS? Esta decisão busca determinar se os estoques devem estar centralizados (em um único centro de distribuição/armazém) ou descentralizados (em mais de um centro de distribuição/armazém) na cadeia de suprimentos. Além disto, em função de características específicas de cada negócio, a localização dos estoques pode envolver em alguns casos decisões de consignação ou a decisão de não manter determinado