lkjlj

3649 palavras 15 páginas
aponta para a sensualidade, que abrange o duplo sentido e as danças impressas nos corpos sensuais e olhares; para a etnicidade, impressa nas matizes que vão da preta, morena, mulata, cabocla, cafuza, dentre outras; e para a culinária, indissociável da sensualidade e do duplo sentido das letras; para a indumentária, carregada de significados religiosos que vão se diluindo à medida que vão se re-inventando; e para a performance. Temos como ambientes propícios para esta construção, além do Carnaval, o cinema, os palcos e as atrizes e intérpretes do cancioneiro popular.
Entretanto, esta construção normalmente se estende ao próprio tipo da mulher brasileira, construído de fora para dentro e de dentro para fora como uma figura dotada de sensualidade e malícia “naturalizada”, bem como um corpo dotado dos ingredientes também encontrados na construção da figura da baiana.

A axé music e a construção de uma identidade cultural baiana/brasileira
Na segunda metade da década de oitenta, mais um acervo de imagens da Bahia se plasma pelo ritmo da axé music e do samba reggae preconizada nas vozes de Luiz Caldas, Sarajane e a banda Chiclete com
Banana, que, associados ao Carnaval, representam Bahias plugadas no mundo sem perder de vista o local. É o que discutiremos nesta seção.
A música é uma das expressões artísticas de grande importância na difusão, aceitação e legitimação da cultura negra na diáspora.
Gêneros ou estilos musicais como o jazz nos Estados Unidos; o reggae na Jamaica; a salsa em Cuba; e o samba-reggae na Bahia se difundiram e propagaram pelos quatro cantos do mundo não só através de intérpretes, compositores e instrumentistas negros, como também de artistas brancos, a exemplo de Daniela, Ivete Sangalo, Cláudia
Leitte e tantas outras.
Vejamos o que vem a ser axé music na acepção de Moura (2001, p. 215):

152 Bahia, Brasil, Axé Music

Chamo axé music à interface do repertório musical e coreográfico que se desenvolveu basicamente a

Relacionados