Lixo e aquecimento global, qual a relação?
Durante as duas últimas semanas, a exposição “Nem Tudo é Lixo no Lixo” foi destaque na Câmara mostrando os benefícios sociais alcançados pela coleta seletiva, implantada nos últimos cinco anos. A exposição deu a chance de se conhecer a história de vida de 150 famílias que tiram seu sustento da atividade de seleção de materiais recicláveis.
Além de contribuir com a inclusão social, o tratamento adequado do lixo é capaz de prevenir que a vida no planeta seja extinta. Exagero? Veja por que não.
É público e notório que quando evitamos o desperdício de papel, água e energia estamos poupando os recursos disponíveis na natureza e preservando a vida das futuras gerações. Porém, o que talvez não seja tão explícito assim, é o fato de que o lixo tem relação direta com as mudanças climáticas, com as emissões de carbono e com o aquecimento do planeta, temas tão discutidos nos últimos tempos.
A correta reciclagem, por exemplo, contribui para evitar o aquecimento do planeta. É que a reciclagem evita a realização de uma parte significativa dos processos de produção. A maioria dos processos produtivos emite sempre, direta ou indiretamente, partículas de gás carbônico, que é o mais nocivo dos gases do efeito estufa (entre eles estão ainda o metano CH4 , o óxido nitroso e vapores de água). Assim, toda vez que se elimina uma parte dos processos produtivos, é feito um controle sob as formas responsáveis pelo aquecimento global.
Outra maneira de propagação de carbono, na forma de CO2, para a atmosfera são os processos biológicos – a respiração e a decomposição da matéria morta (lixo orgânico).
As excessivas queimadas e o contínuo desflorestamento contribuem também para o desequilíbrio do balanço entre a retirada de carbono da atmosfera (fotossíntese) e o seu retorno por outros processos (respiração, decomposição etc.) resultando no aumento da temperatura do planeta.
Percebemos com isso que em matéria de “meio