Lixo Hospitalar - Introdução básica

Boa parte das atividades e ações cotidianas gera resíduos, que podem ser de várias naturezas, como sólida, líquida, gasosa, ou simplesmente em como energia. Na atividade hospitalar não ocorre diferente, os resíduos são gerados em grande quantidade por conta do intenso fluxo de movimentação dentro dos ambientes, e pela necessidade de um ambiente, ao menos em tese, bem asseado e com todos os cuidados possíveis para evitar uma proliferação maior de microrganismos. Dessa maneira, poucos são os resíduos que podem ser reaproveitados, reutilizados ou transformados. Em sua maioria, eles têm de ser descartados, gerando o lixo hospitalar, que se apresenta em grande parte, na forma sólida e a obrigatoriedade do seu gerenciamento está presente na o parágrafo X do artigo 3 da Lei nº 12.305 promulgada no dia 2 de agosto de 2010. O lixo hospitalar ou resíduo séptico sólido aparece como um grande problema para os administradores do meio, pois muito facilmente encontramos atribuições a males como infecção hospitalar e outras complicações atreladas a ele, preocupando trabalhadores dos hospitais, os que se relacionam com estes serviços e toda a comunidade.
De fato, eles podem tornar-se grandes vilões para a saúde, contaminando a natureza e atingindo as pessoas, caso não recebam o tratamento correto, determinado pela lei Federal nº 237, datada de 19 de dezembro de 1997, como exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que varia de acordo com a sua escala de gravidade.
O lixo classe A, infectante, com alta capacidade de contaminação devido a existência de fatores biológicos, como órgãos, fetos, meios de cultura, secreções, filtros de gases provenientes de áreas contaminadas e objetos perfurocortantes, deve ser esterilizado por uma auto-clave – equipamento de grande porte que despeja no conteúdo de seu interior vapores d’água em temperaturas elevadíssimas, suficientes para matar bactérias e outros organismos ali presentes – antes de ser direcionado ao descarte comum,