lixo em campinas
Campinas, 04 de março de 2013 a 10 de março de 2013 – ANO 2013 – Nº 552.
A usina que faz o lixo desaparecer
Texto:
LUIZ SUGIMOTO
Fotos:
Antonio ScarpinettiEdição de Imagens:
Luis Paulo Silva
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Uma usina que faz o lixo da cidade simplesmente desaparecer. Pesquisa de doutorado apresentada na Unicamp analisa os aspectos econômicos e socioambientais da implantação da WPC – Waste Processing Center, ou Central de Processamento de Lixo – em municípios brasileiros. O processo permite a separação e a correta destinação dos resíduos (materiais recicláveis) hoje depositados em lixões e aterros e, mais que isso, a utilização dos rejeitos (o lixo propriamente dito) como matéria-prima para a geração de energia elétrica, bem como o tratamento e reuso da água extraída neste processo. O processo WPC é um desenvolvimento avançado do sistema WTE – Waste to Energy, ou Energia a partir do Lixo – que já está bem disseminado na Europa, Japão, China e Estados Unidos, ao passo que no Brasil esta opção sequer começou a ser discutida.
“A usina é a melhor maneira de aproveitar o lixo hoje”, diz convicto o engenheiro Sérgio Augusto Lucke, que defendeu a tese na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), sob a orientação do professor Carlos Alberto Mariottoni. “A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, homologada em 2010, traz uma revolução em termos ambientais. Os prefeitos não podem mais ficar omissos em relação ao lixo, pois se tornou obrigatória a sua coleta e proibido o seu descarte em lixões”, acrescenta o autor, sugerindo que os municípios têm nestas usinas uma ótima alternativa para cumprir as novas normas.
Lucke afirma que a legislação faz uma clara distinção entre rejeitos (aquilo que não pode mais ser processado) e resíduos (o que pode ser reciclado). “Tudo estava indo para lixões, aterros controlados ou aterros sanitários, que agora devem receber apenas os rejeitos, enquanto os resíduos precisam ter destinação e