Lixo de campinas
O volume de lixo produzido em Campinas aumentou 23,45% nos últimos oito anos, segundo dados da administração municipal. Enquanto o número de habitantes cresceu 4% entre 2005 e 2012, passando de 1,045 milhão para 1,088 milhão no período, a quantidade de lixo produzido passou de 226 quilos anuais por pessoa para 280 quilos. Cada habitante de Campinas produz, em média, 756 gramas de lixo por dia, que somam 832 quilos diários em toda cidade ou 34,5 quilos por hora.
Um dos grandes vilões do aumento da produção de lixo são as embalagens recicláveis. Pelo menos 90% do material que poderia ser reaproveitado vão parar no aterro sanitário, junto com o lixo comum e apenas 10% de tudo que é reaproveitável vai para as cooperativas de reciclagens do município e restante engrossa as camadas de lixo no aterro que tem, no máximo, dois anos de vida útil.
Uma vez que a reciclagem é feita corretamente, ajuda a reduzir o impacto causado pelo lixo, mas o mais importante é que o morador tende a reduzir o volume de lixo em casa, evitando o desperdício e outras pequenas atitudes que fazem a diferença.
O diretor-executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, se surpreender com os números apresentados pela cidade e afirmou que o município precisa criar mecanismos que contenham a geração de detritos sólidos. Silva Filho afirma que o estudo detectou uma mudança no perfil dos produtos consumidos pelo brasileiro, tendo aumentado bastante o volume dos itens descartáveis. Segundo ele, Campanhas de conscientização e estímulos à industria e comércio, para que fabriquem produtos que gerem menos resíduos, é o caminho que Campinas pode seguir. “Esse incremento tem relação com o aumento de poder aquisitivo e conseqüente crescimento de consumo pela população. Os municípios precisam aplicar políticas mais abrangentes quanto ao destino a ser dado ao lixo, para não enfrentarem transtornos