Livro: A Riqueza na Basa da Pirâmide
© Amana-Key Desenvolvimento & Educação
Por C.K. Prahalad e Stuart L. Hart
MERCADOS DE BAIXA RENDA OFERECEM UMA GRANDE OPORTUNIDADE
PARA AS GRANDES ORGANIZAÇÕES MUNDIAIS: OBTER RIQUEZA E AO
MESMO TEMPO LEVAR PROSPERIDADE AOS MAIS POBRES.
Com o fim da Guerra Fria, a União Soviética e seus aliados, assim como a China, a Índia e a América
Latina, resolveram abrir seus mercados aos investimentos estrangeiros quase que por impulso, seguindo uma grande tendência daquela época. Essa significativa mudança socioeconômica abriu um grande leque de oportunidades para as organizações multinacionais, que até hoje não passou de uma promessa que ainda está por se realizar.
Isso ocorreu, em primeiro lugar, devido à falsa expectativa (precipitadamente superestimada) de que haveria milhões de consumidores de classe média nos países em desenvolvimento clamando por produtos das multinacionais. Para piorar, as crises financeiras da Ásia e da América Latina diminuíram amplamente a atratividade dos mercados emergentes. Como conseqüência, algumas organizações multinacionais retraíram seus investimentos e começaram a repensar a estrutura de riscos e ganhos nesses mercados. Essa retração pode se agravar devido à onda de ataques terroristas nos Estados Unidos em setembro de 2001.
A falta de criatividade que esteve presente durante a última década na maioria das estratégias traçadas pelas multinacionais para os mercados emergentes não alterou a magnitude dessa oportunidade, que é realmente muito maior do que se imaginou.A verdadeira promessa do mercado não está na minoria rica do mundo desenvolvido ou nos consumidores emergentes da classe média: está nos bilhões de pessoas que estão participando da economia de mercado pela primeira vez.
É hora das organizações multinacionais começarem a rever suas estratégias de globalização e a adotar a nova lente do capitalismo inclusivo. Para organizações que contam com os recursos e a
persistência