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Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Lingüística e LiteraturaAno 05 n.10 - 1º Semestre de 2009- ISSN 1807-5193
LITERATURA E CULTURA CABO-VERDIANA BALTASAR
LOPES OU SIMPLESMENTE NHÔ BALTAS
Sônia M. A. Queiroz1
“No Mindelo ainda há velhos que se lembram do tempo em que a actividade portuária animava a cidade inteira. Os ingleses que se instalaram na ilha, transformando-a num importante entreposto de carvão, deixaram para sempre alguns apelidos sonoros (Brigham,
Rendal
etc.), uma descendência de mulatos de olhos verdes, e a paixão por um desporto que ninguém espera encontrar ali: o criket.”
José Eduardo Agualusa
RESUMO: Atento às realidades do cotidiano do povo cabo-verdiano, Baltasar Lopes, procurou refletir a consciência coletiva. Teve diversos contos publicados em várias revistas, publicou também poemas sob o pseudônimo de Osvaldo Alcântara. Este artigo pretende analisar sua vida e obra.
PALAVRAS-CHAVE: literatura africana, Baltasar Lopes, ficção.
ABSTRACT: Always attempting to the reality and the usual life of the cabo-verdia,
Baltasar Lopes, looked to reflect the collective conscience. He had many histories edited in various magazines, and published poems under the codename of Osvaldo
Alcântara. This article intends to analyze his work and life.
KEYWORDS: African literature, Baltasar Lopes, fiction.
Baltasar Lopes, Nhô Baltas como ficou conhecido, foi poeta, ficcionista, filólogo e advogado, nasceu em 1907, na Vila da Ribeira Brava (ilha de S. Nicolau), em Cabo Verde, foi um dos precursores do movimento de emancipação cultural, social e político da sociedade caboverdiana.
Em 1936, fundou com outros intelectuais cabo-verdianos a Revista literária Claridade, marco da modernidade crioula, dando início a uma nova fase de contemporaneidade estética e
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Mestranda em Estudos Comparados de Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa – USP
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