Linguostica

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ResumoCAPÍTULO I IA Mitologia do Preconceito Lingüístico: mitosAs forma como muitas pessoas às vezes pronuncia de certas palavras e nessa pronúnciaacabam trocando o L por o R nos encontros consonantais e isso tem levado a muitos acharemque essas pessoas que falam desta forma não tem instrução escolar nenhuma ou mesmo, são pessoas com ³atraso mental´ e esse tipo de pensamento não deve ser aceito. Cientificamenteessa pronuncia não é sinônimo de atraso mental e sim um fenômeno fonético que até mesmocontribuiu para a formação da língua português padrão. Do ponto de vista exclusivamentelingüístico, o fenômeno que existe no português não-padrão é o mesmo que aconteceu nahistoria do português-padrão e este fenômeno recebe o nome técnico de rotacismo, e este participou da formação da língua portuguesa padrão, e ele continua vivo e atuante no português não-padrão atual. Trata-se aqui dos brasileiros que falam na verdade uma variedadenão-padrão. Essa pronúncia deve ser aceita pela escola, como uma variante lingüística dos³brasileiros falantes das variedades não-padrão´, a ³classe social, marginalizada, que não temacesso à educação formal e aos bens culturais da elite´.Podemos perceber, entretanto, que o preconceito citado aqui não é lingüístico na essência,mas, sim, preconceito de culturas. E o que acontece é que muitas vezes o preconceitolingüístico torna-se um preconceito social. Assim como existe o preconceito pela fala dedeterminadas classes sociais o mesmo ocorre com. determinadas regiões, como o nordeste queé bastante ridicularizada. Como no caso dos nordestinos que aparecem em novelas como grotescos, atrasado, que são criados para provocar riso e deboche por parte dos outros personagens, afinal, se o nordeste é atrasado e pobre conseqüentemente as pessoas que nasceram lá também serão, e isso não é verdadeiro.É preciso respeitar a língua falada que muitas vezes não é idêntica à língua escrita, e que ogrande problema se encontra na situação social que se encontra

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