Limnologia
A Limnologia, apesar de ser muitas vezes classificada como a ciência que estuda as águas doces, é na realidade a ciência que estuda as águas continentais, independente de sua concentração salina. Mesmo o Mar Morto, com sua alta concentração de sais, é objeto de estudo da limnologia. Apesar disto, a maior parte da água que reside nos continentes é a água doce, chamada de “ouro azul” das gerações futuras.
A origem desta ciência foi no início do século 20, quando François Forel iniciou seus estudos no lago Léman (Genebra, Suíça). Muito embora tenha sido originalmente desenvolvida com o objetivo de estudar os lagos, atualmente a Limnologia possui uma abrangência muito maior, incluindo lagunas, lagoas, reservatórios, rios, açudes, represas, brejos, riachos, áreas inundáveis, águas subterrâneas e nascentes.
Apesar de ser uma informação pouco conhecida, a Limnologia deu origem a Ecologia, o que demonstra sua importância e relevância nos quesitos de conhecimento das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem. E a Limnologia vem se destacando como uma das mais atuantes áreas da Ecologia, pois os ecossistemas aquáticos continentais requerem um esforço de pesquisa direcionado ao conhecimento da estrutura e funcionamento desses ambientes. Além disso, a crescente deterioração da qualidade da água doce e a redução de sua disponibilidade encontram na limnologia sólidas teorias e ferramentas para contribuir na compreensão e na solução desses problemas.
Numa definição bem básica, os ambientes lacustres são depressões preenchidas com água e sedimentos provenientes do ambiente terrestre, ao longo do tempo geológico. Ainda somam-se um fluxo de energia e a ciclagem de nutrientes, como o nitrogênio (N) e fósforo (P), que promovem o aumento da produtividade dos lagos. No cenário contemporâneo, as alterações no uso e ocupação do solo, como a remoção da vegetação nativa, agricultura, pecuária, urbanização,