Liberdade, igualdade, fraternidade
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Há séculos a Franco-maçonaria adotou para seu lema o moto Liberte, Égalité, Fraternité, que mais tarde foi incorporado à Revolução e República Francesa. Todavia, para ser válido, esse elevado ideal deve ser vivido e aplicado integralmente.
Mormente na Maçonaria, por seu brilhante passado, tem de ser tão amplo e generoso que inclua indistintamente todos os indivíduos, de ambos os sexos, e não ficar restrito a um pequeno grupo de privilegiados, como vem ocorrendo dentro e fora dela.
A rigor, o ideal expresso nesse conhecido trinômio não nasceu com a Franco-maçonaria; é muito mais antigo. Suas raízes mais profundas remontam à antiga Índia, onde tem sido enunciado e vivido em termos diferentes e com significação mais subjetiva, ou seja,Libertação, União e Compreensão, fatores básicos para uma formação saudável tanto do caráter individual como do nacional.
Onde quer que se desrespeite esse ideal, ali reinam o caos, a confusão, a discórdia e a desintegração final.
Da Libertação nasce à liberdade individual e coletiva, da União a igualdade, e da Compreensão a fraternidade. Mas a iniciativa tem de ser espontânea e partir do interior de cada um, individualmente.
No país de Gandhi e Nehru há milênios este ideal é fundamental em todas as suas escolas, religiões e sistemas de Yoga.
Onde houver qualquer tipo de discriminação, mesmo que justificada, ali se estará negando o tão proclamado ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e bloqueando a plena efusão do Amor infinito que, segundo Cristo (Mat.6:45), “O Pai que está nos céus faz que seu sol se levante sobre bons e maus, e chuva desça sobre justos e injustos”. E que dizer então quando uma discriminação é feita, não por serem as pessoas más ou injustas, mas simplesmente por serem de sexo diferente, o sexo que Deus lhes deu?
Liberdade é o anseio nato de todas as criaturas, pequenas ou grandes, de se tornarem integralmente livres,