Ler Um Ato De Revolu Aoo Cerebral

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Ler: um ato de revolução cerebral



Você pode até achar que a leitura é um ato quase automático. Mas seu cérebro não acha. Pelo contrário, ele faz uma verdadeira ginástica para se adaptar ao ato de ler. Neste momento, uma revolução de sinapses está acontecendo a cada fração de segundo para que você possa decifrar as palavras aqui impressas.



Através das descobertas neurocientíficas cada vez mais nossos conhecimentos vem se aprimorando e dessa forma contribuindo para o processo de aprendizagem dos indivíduos.



Contribuições como as do neurocientista Stanislas
Dehaene proporcionam a descoberta de áreas ativadas pela leitura. Também existem pesquisas que relatam que cegos também ativam estas mesmas áreas, através da leitura em braile.

Arquitetura cerebral para a leitura 

Temos uma plasticidade sináptica desde que nascemos até a idade adulta. É ela que faz uma reconversão parcial da arquitetura do nosso córtex visual de primatas para reconhecer letras e palavras. Aprender a ler possibilita uma conversão de redes de neurônios, inicialmente dedicadas ao reconhecimento visual de objetos. Embora não exista uma área pré-programada para a leitura, podemos localizar diversos setores do córtex cerebral como responsáveis pela atividade. Um setor está em contato com as entradas visuais; outro codifica essas entradas com precisão espacial; outro integra as entradas de uma vasta região da retina, e assim sucessivamente. No córtex estão os neurônios mais adaptados à tarefa de ler.



Nosso cérebro é evidentemente capaz de aprender.
Porém, essa capacidade é limitada. Em todos os indivíduos do mundo, não importa a cultura ou o idioma, a mesma região cerebral – com diferenças mínimas – é ativada para decifrar palavras escritas.



Nosso cérebro se molda ao ambiente cultural não respondendo cegamente a tudo o que lhe é imposto. Ele apenas converte a outro uso suas predisposições já presentes. Ele faz o novo com o velho. O cérebro não evoluiu para a escrita, por

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