LENIN, Vladimir Ilitch. O Imperialismo: Fase superior do capitalismo. São Paulo, Centauro, 2008.
Guerra Mundial. Naquele período, a economia capitalista já não era mais aquela pensada por Marx e Engels. Desde a morte de Marx até a publicação de Lênin, o capitalismo logrou um grande avanço. Houve um enorme incremento no número de grandes corporações que começavam a operar mundialmente e em variados setores da economia.
Consequentemente, os Estados avançados deram início à corrida imperialista, almejando a conquista de novos mercados consumidores e geradores de matérias-primas. Lênin demonstrou a forma com que o sistema passou da livre concorrência ao capitalismo monopolista do século XX. Ele procurou uma resposta crítica a esse “novo” capitalismo, que envolvia não só a corrida imperialista e a existência de conglomerados, mas também a corrida armamentista e o fenômeno do nacionalismo, que impulsionariam a guerra.
O IMPERIALISMO: FASE SUPERIOR DO CAPITALISMO
No prefácio de seu livro, Lênin comenta o fato de que a Primeira Guerra Mundial foi uma guerra imperialista, uma vez que os atores envolvidos no conflito eram grandes potências em busca de novos territórios a serem subordinados à sua influência. A rede ferroviária se tornaria, então, o motor que levaria à conquista desses novos mercados; por isso, está ligada ao desenvolvimento do capitalismo a níveis globais. Entretanto, ele afirma que o desenvolvimento do capitalismo não atingiu a todos os Estados da mesma forma: a produção industrial concentrou-se nas mãos de poucas corporações. Era o capitalismo monopolista.
A existência de monopólio tornou-se uma das características mais expressivas do novo sistema. As grandes empresas passaram a deter meios de produção que permitiam alcançar inúmeros ramos da indústria. Fazendo acordos comerciais entre si, criaram cartéis e trusts, e acabaram por esmagar as empresas simples (aquelas que abarcavam somente um ramo da produção). Além disso, também tomaram para si os