leite
Existem evidências da domesticação de gado na Mesopotâmia por volta de 8000 a.C., inicialmente apenas para fornecer carne e força. O mais antigo registro conhecido de vacas mantidas confinadas para produzirem leite, é uma série de pinturas rupestres datadas de 5.000 a.C. encontradas em Dahara, na Libia, que representam as atividades de ordenha e de fabricação de queijos.
Outro antigo registro histórico da utilização do leite como alimento humano é uma peça datada de 3100 a.C encontrada no templo de Ninhursag em Tell al-Ubaid, no atual Iraque, conhecida como ‘Friso dos Ordenhadores’. Nela, são representadas cenas típicas da produção de leite como a ordenha, a coação e o fabrico de manteiga.
Os Sumérios em torno de 3500 a.C. consumiam leite e deixaram registros em desenhos mostrando como eles preparavam produtos com o leite coalhado.
Os Egípcios, a partir de 1000 a.C., utilizavam leite com finalidade religiosa. A vaca era consagrada e dedicada a deusa Isis, a protetora da Agricultura. O historiador grego Heródoto (?484-?425), relatou a existência no Egito de um pão preparado com grãos de lótus misturados com leite e água que, quando comido quente, era leve e de fácil digestão, e a utilização, por Tártaros, de grande quantidade de leite de égua, que seria consumido com gafanhotos, secos e moídos.
Aristóteles (38-322 a.C) fez comentários sobre um laticinio feito de leite de égua que era fermentado para ganhar teor alcoólico em torno de 3%. Tratava-se do 'airag', usado pelos Mongóis.
Heródoto menciona também que os Citas já processavam o leite de égua.Este tipo de laticínio fluido, conhecido como ‘koumiss’, ‘kumis’ e outras variações, foi por longo tempo e ainda é um alimento importante para a dieta dos povos habitantes das estepes da Ásia, como os