le corbusier
Le Corbusier, conhecido como “o poeta da luz”, estruturava seu pensamento revolucionário e modernista no estudo da luz, uma vez que acreditava que a conduta humana está diretamente relacionada com a incidência solar. Com isso, pretendia construir um mundo alternativo, que fugisse dos padrões convencionais, por meio desse raciocínio baseado na projeção da iluminação e a uma maior incorporação desta no cotidiano da sociedade. Assim, o texto “Visões de luz” mantém o foco principal em como o arquiteto trabalhava e regulava a luz, inovando tecnicamente e revolucionando o pensamento arquitetônico. O autor do texto citado enfatiza inúmeras dessas inovações técnicas estabelecidas por Le Corbusier, tais como quebra-sois, brises-soleil, pilotis, fachadas de vidro e terraço-jardim. Os dois primeiros possibilitam um controle maior sobre a luz, deixando áreas arejadas e sombreadas, além do contraste entre luz e sombra. Já os pilotis possibilitam a elevação da casa para que uma boa iluminação natural seja conquistada. As fachadas de vidro são janelas que fogem da forma convencional, proporcionando ambientes bem mais claros e com uma maior interação com o meio externo, assim como o terraço-jardim. Segundo o texto, o trabalho de Le Corbusier apresentou três fases diferentes: naturalista de 1918, purista de 1931 e brutalista de 1959. Na segunda, acreditava que tudo deveria ser banhado em luz, fazendo uso de janelas horizontais e fachadas livres, que possibilitam a luz abundante. Porém, a Segunda Guerra Mundial proporcionou uma grande mudança em sua arquitetura, esta deixou de ser extremamente iluminada, branca e pura e passou a trabalhar também com a sombra, formando contrastes incríveis. Essa mudança de pensamento pode ser vista na própria carta de Le Corbusier que o autor do texto publicou um pequeno trecho: “... decidi fazer a beleza pelo contraste. Acharei os complementares e estabelecerei um jogo entre o bruto e o acabado,