Lavra por câmaras
II. 1. Lavra por câmaras e pilares (Room-and-pillar mining)
Definição e Generalidades
Nos métodos com abandono de pilares, como o método de câmaras e pilares, o desmonte é feito com o avanço de várias aberturas paralelas, convenientemente espaçadas, deixando-se porções do minério para formar pilares, de dimensões e formas adequadas, que limitam os vãos das aberturas e promovem a sustentação do teto. Apesar de parte do minério deixado em pilares pode ser extraída (“robbing”), como operação final de lavra, esse minério usualmente é considerado como não recuperável (Hustrulid, 1982).
As dimensões dos pilares e das câmaras (vãos livres) dependem, principalmente, das características de resistência da encaixante superior (capa) e do minério, da potência do depósito e de sua profundidade (Silveira e Girodo, 1991).
Esse método é aplicado nos EUA, no Canadá, na França, na Irlanda, no Chile, na Inglaterra, na Alemanha, em Cuba, em Portugal; no Brasil, na Mina de Morro da Usina, da Companhia Mineira de Metais (CMM), em Vazante (MG), na Mina de Morro Agudo, também da CMM, em Paracatu (MG), na Mina de Taquari-Vassouras (SE), da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na Mina de Morro do Urucum (MS), também da CVRD, entre outras (carvão em SC e em parte da Mina de Crixás, GO). Foi utilizado na Mina da Passagem, ouro, em Mariana (MG).
Aplicabilidade
Minério e rocha encaixante relativamente competentes, uma vez que o próprio minério funciona como pilar; depósito tabular, de pequeno mergulho (inferior a 30º, preferencialmente plano); minério uniforme, profundidade média (até cerca de 450m para carvão e 600m para outros minérios); grande extensão de jazida, mas espessura limitada (menor que 4,5m); carvão, evaporitos (gipsita, trona, sal-gema, silvinita), manganês, chumbo, zinco, esmeralda, ouro, wolfrâmio e rochas ornamentais.
Desenvolvimento
Neste método, o desenvolvimento (preparação para a lavra)