Lamarck e o mecanismo evolutivo
Lamarck enunciou a Lei da gradação, segundo a qual os seres vivos não foram produzidos simultaneamente, num curto período de tempo, mas sim começando pelo mais simples até o mais complexo. Esta lei traduz a ideia de uma evolução geral e progressiva. Defendia a evolução como causa da variabilidade, mas admitia a geração espontânea das formas mais simples. Observando os seres vivos a sua volta, ele considerava que o desenvolvimento da membrana interdigital de alguns vertebrados aquáticos era devida ao “esforço que estes faziam para se deslocar na água”. Assim, as alterações dos indivíduos de uma dada espécie eram explicadas por uma ação do meio, pois os organismos, passando a viver em condições diferentes iriam sofrer alterações de suas características. Estas ideias levaram ao enunciado da “Lei de transformação das espécies”, que considera que o ambiente afeta a forma e a organização dos animais, logo quando o ambiente se altera, produz no decorrer do tempo as correspondentes modificações na forma do animal.
Darwin e o mecanismo evolutivo
Em 1859, trinta anos depois da morte de Lamarck, o naturalista inglês, metódico e laborioso, Charles Robert Darwin, expôs em seu livro “A Origem das Espécies”, suas ideias a respeito do mecanismo de transformação das espécies. A teoria de Darwin é aceita até hoje. Ela só não é completa, porque na época em que foi formulada não eram conhecidos os mecanismos de transmissão hereditária, nem a estrutura do material genético. Darwin teve uma oportunidade única de estudar as adaptações em organismos de diferentes partes do mundo, quando em 1831, seu professor de Botânica, John Henslow, recomendou-o como naturalista ao Capitão Robert Fitzroy, que estava preparando uma viagem ao redor do mundo, a bordo do navio de pesquisa e observação H.M.S. Beagle. Sempre que possível, ao longo dessa viagem Darwin descia à terra para observar e