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Prof. Nivaldo Camilo Macroeconomia II material de apoio data:18/10/2010
A CURVADE PHILLIPS: DESEMPREGO E INFLAÇÃO
De acordo com o modelo IS-LM, tem-se a impressão de que o governo pode, sem qualquer restrição, escolher o nível de produto desejado, bastando para isso manusear adequadamente os instrumentos de política econômica. Uma questão que preocupa muito os economistas é a inflação. Constantemente, ouve-se falar que o governo deve diminuir o ritmo da atividade econômica para evitar pressões inflacionárias. Trata-se de um assunto recorrente e na pauta do dia, devido às preocupações com o desempenho das principais economias, sujeitas a índice elevado de inflação. Assim, vários economistas se preocupam com o chamado soft lending (pouso suave) para a economia dos principais países para que não ocorram surtos inflacionários, bem como para que não ocorra rápida reversão na atividade.
Qual é a relação entre esses dois aspectos: crescimento e inflação? A forma mais tradicional de verificar essa relação é a chamada Curva de Phillips, segundo a qual existe uma relação inversa entre taxa de inflação e taxa de desemprego. Quanto maior a primeira, menor será a segunda e vice-versa. Assim, se o governo quiser reduzir a taxa de desemprego por meio de uma política expansionista, ele acabará gerando mais inflação.
Para analisar a Curva de Phillips, considere-se o conceito de taxa natural de desemprego. Esta corresponde à taxa de desemprego quando a economia se encontra no produto potencial, isto é, produto de pleno emprego. Quando a economia está na taxa natural, pode-se assumir uma igualdade entre oferta e demanda agregada, não existindo pressões para alteração dos preços. Quando a taxa de desemprego for superior, significa que existem fatores de produção desempregados, excesso de oferta; assim, haverá uma pressão por queda nos preços. E, quando a taxa de desemprego for inferior à taxa natural, estarão faltando fatores e haverá excesso de demanda, pressionando a

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