Kink BootS
No texto de Wood Jr. (2000), o autor introduz o simbolismo, na esfera dos tipos ideais, como um dos novos conceitos que surgiram desde os estudos de Weber, assim como as organizações missionárias. A Organização de Simbolismo Intensivo (OSI) surgiu com a percepção de Junior, durante uma pesquisa de campo em determinada empresa, sobre a ligação do sucesso no processo de mudança da mesma com um novo contrato social entre operários e o grupo gerencial. Fato que mudou profundamente o estilo gerencial da empresa, a então liderança autoritária e centralizadora deu lugar a uma gestão mais aberta, com controles e normas amenizados e/ou substituídos por declarações de missões e visões compartilhadas; e símbolos, artefatos e retórica passaram a ser amplamente utilizados.
O caso desta empresa, que posteriormente seria definido como uma OSI pode ser comparado a uma febre dos anos 80 de processos de mudanças organizacionais. Tais processos, nos últimos 15 anos, apresentaram muitos pontos em comum em relação à estrutura organizacional e aos modelos de gestão, assim como em relação à cultura organizacional.
Um caso diferente ao do analisado pelo autor, porém com histórico semelhante, é apresentado no filme “Kink Boots: fábrica dos sonhos”, do diretor Julian Jarrold, que apresenta a história baseada em fatos reais de uma fábrica artesanal de sapatos requintados e tradicionais localizada em Northampton, chamada Price & Sons. A empresa é liderada pela família Price que da nome à fábrica, portanto a sucessão é hereditária. O filme começa com Charlie assumindo a presidência da fábrica com a morte repentina de seu pai Sr. Price, no momento em que ocorre esta sucessão podemos perceber na sala do presidente que a um histórico de fotografias com todos os antecessores do novo Sr. Price, enfatizado por um funcionário que coloca em Charlie, o casaco de seu falecido pai, este pode ser considerado o primeiro simbolismo evidenciado no enredo.
Ao assumir