Kibon
Em algum lugar do passado: sorveteiros saindo para mais um dia de trabalho Linha de produção de Chicabon na fábrica em Jaboatão dos Guararapes (PE)
Rio de Janeiro, 1942. Getúlio Vargas era Presidente da República, Marlene e Emilinha disputavam o título de Rainha do Rádio e Carmen Miranda garantia que não estava americanizada. Enquanto isso, moças e rapazes que passeavam pela Cinelândia – região que concentrava vários cinemas no centro do Rio – provavam uma saborosa novidade: o Chicabon. O picolé de chocolate nasceu da fórmula norte-americana já fabricada na China, com outro nome. “A fórmula é igual até hoje: chocolate, açúcar, leite e um segredinho guardado a sete chaves”, garante Sérgio Mozzer, Gerente de Manufatura da Kibon, em Valinhos (SP). São as mesmas matérias-primas, mas se evoluiu para itens mais modernos e saudáveis, sem mudar o conceito do produto. Aperfeiçoou-se até os palitos, que agora são feitos com madeira de reflorestamento. A U.S. Harkson – que veio a se tornar Sorvex e Kibon – iniciou a fabricação de Chicabon e Eskibon em plena Segunda Guerra Mundial. Embora o Brasil ainda não participasse do conflito, estavam racionados insumos como leite em pó. Outro problema era mão-de-obra qualificada num país predominantemente rural. Sete funcionários