Keynes e o brasil
“Keynes e o Brasil”
O artigo de Fernando J. Cardim de Carvalho sobre J. M. Keynes aborda a grande influência do pensamento keynesiano sobre a economia brasileira.
Em seis páginas, o autor trás um grande conhecimento sobre Keynes no Brasil, com uma breve introdução, um desenvolvimento não tão longo que trás “o pensamento keynesiano no Brasil” e “a AKB e o debate sobre política econômica no Brasil” e por fim sua rápida conclusão.
J. M. Keynes é um dos principais nomes do pensamento econômico do século XX. Seu livro mais importante, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, publicado em 1936, pode ser considerado um marco na moderna tradição macroeconômica, tendo alterado decisivamente os rumos da teoria econômica.
Ao enfocar a determinação do nível de produto em economias monetárias, a partir de flutuações de demanda agregada, Keynes demonstrou que a renda de equilíbrio não corresponde necessariamente ao pleno emprego. Este passou a ser visto como uma situação limite entre as várias posições de equilíbrio, e que só ocorreria se os gastos em investimento fossem exatamente suficientes para suprir a lacuna entre a renda “potencial” e o consumo a este nível de renda.
Ademais, Keynes rejeitou a visão de que o sistema econômico é eminentemente estável e auto regulável, tendendo a um equilíbrio ótimo se deixado à própria sorte. Ao contrário, mostrou a possibilidade de que a economia permaneça em equilíbrio com desemprego, sem que haja qualquer mecanismo automático de convergência ao pleno emprego.
Keynes foi introduzido na América Latina principalmente através de Raul Prebisch. E no Brasil, um dos primeiros expoentes do pensamento keynesiano, apesar de suas poucas referências explícitas a Keynes, foi Celso Furtado. Naturalmente, Keynes também foi introduzido ao público brasileiro, como no resto do mundo, através do ecletismo da chamada Síntese Neoclássica. Empregando o keynesianismo a uma doutrina ativista, que preconiza a ação do Estado na