Karl marx
Georg Simmel
Tradução de Sérgio Marques Dos Reis
Os problemas mais graves da vida moderna derivam da reivindicação que faz o indivíduo de preservar a autonomia e a individualidade de sua existência em face das esmagadoras forças sociais, da herança histórica, da cultura externa e da técnica de vida.
A luta que o homem primitivo tem que travar co a natureza pela sua existência física alcança sob esta forma moderna sua transformação mais recente. O século XVIII conclamou o homem a que se libertasse de todas as dependências históricas quanto ao
Estado e à religião, à moral e à economia. A natureza do homem, originalmente bom e comum a todos, devia desenvolver-se sem peias. Juntamente com maior liberdade, o século XVIII exigiu a especialização funcional do homem e seu trabalho; essa especialização torna o indivíduo incomparável a outro e cada um deles indispensável na medida mais alta possível. Entretanto, esta mesma especialização cada homem proporcionalmente mais dependente de forma direta das atividades suplementares de todos os outros. Nietzsche vê o pleno desenvolvimento do indivíduo condicionado pela mais impiedosa luta de indivíduos; o socialismo acredita na supressão de toda competição pela mesma razão. Seja como for, em t odas estas posições, a mesma motivação básica está agindo: a pessoa resiste a ser nivelada e uniformizada por um mecanismo sociotecnológico. Uma investigação que penetre no significado íntimo da vida especificamente moderna e seus produtos, que penetre na alma do corpo cultural, por assim dizer, deve buscar resolver a equação que estruturas como a metrópole dispõem entre os conteúdos individual e superindividual da vida. Tal investigação deve responder à pergunta de como a personalidade se acomoda nos ajust amentos às forças externas. A base psicológica do tipo metropolitano de individualidade consiste na intensificação dos estímulos nervosos, que resultam da alteração brusca e