KARL MARX
7.1: Considerações Introdutórias No sétimo capitulo, iremos analisar as falhas e as imperfeições do mercado desde seu surgimento. Essas falhas que foram se positivando ao longo de cerca de 150 anos quando se tentou operacionar o mercado a partir do tripé, uma estrutura fundada em Constituição, código de Direito privado e Poder da polícia. De fato esse mecanismo foi bastante importante por garantir a forma e as garantias legais para captar e disciplinar todo o confuso processo de relações econômicas internas e até mesmo internacionais, porém foi incapaz de lidar com a vida econômica real em toda sua complexidade. Foi na época em que Max Weber defendia que a lei apresentava uma racionalidade puramente formal, não interessando as condições pessoais ou socias dos por ela abrangidos. Com a aplicação do Liberalismo, produziu-se um quadro politicamente e socialmente muito conturbado, embora o progresso e desenvolvimento da tecnologia e da atividade econômica foram muito notáveis. Como também a ciência econômica, cujo conhecimento saiu dos restritos círculos intelectuais e acadêmicos onde se produziam para ganhar o debate político e atenção do publico. A partir disso impulsionado pelos desafios políticos, a analise econômica foi submetendo mecanismos de funcionamento do mercado a uma critica banalizada, concluindo de que o mercado é viável e operacional. Porém sua operação estaria na dependência de pressupostos que a estrutura legal do liberalismo não havia tratado com certos fundamentos. Com a ausência desses pressupostos a mecânica operacional do sistema passava a rodar em falso, produzindo resultados errados, muito distanciados do esperado, e francamente inaceitáveis. Existem cinco falhas principais, correspondentes a ausência de pressupostos que haviam regulado a concepção liberal na sua formulação original. Essas cinco deve acrescentar-se uma sexta falha de caráter analítico, qual seja a da existência dos chamados custos de