Karl Marx e Jean Baptiste
No que tange ao primeiro, ao economista de Lyon Jean-Baptiste Say, este era adepto, de primeira hora, do liberalismo econômico smithiano, sendo seu principal divulgador em solo francês (p. 68). Como tal, era totalmente contrário à intervenção do Estado na economia, o que ficou bastante explícito na sua deserção do governo bonapartista em sua fase de consulado, o qual integrou por bem curto espaço de tempo, tendo dele se afastado, justamente por não aceitar o intervencionismo estatal (p. 67). Diferia de Adam Smith e de seu foco primário nas atividades produtivas industriais, por considerar as atividades produtivas dos serviços mais essenciais do que aquelas da indústria e também por julgar ser o empreendedor o elo que assegura a unidade da cadeia de produção, composta por três elementos básicos, a saber, a natureza (terra, sobretudo), o homem e o trabalho (p. 68-9). É considerado o pai do empreendedorismo (p.68). Considerado o mais clássico dos economistas franceses, tinha para si que a moeda era neutra em relação à economia real. Para Say, o valor de um bem era o equivalente à soma dos serviços produtivos para seu fabrico (aí incluídos salários, lucros e rendas), e seu preço, o resultado equilibrado entre a oferta e a procura (p. 70), ou seja, a regulação da atividade econômica competia ao mercado, ao passo que ao Estado cabia proporcionar um ambiente econômico produtivo, o que se traduziria na oferta de infraestrutura de qualidade (externalidades) (p. 74). Uma espécie de lema ou mantra seu era a troca de produtos por produtos, porque, para ele, a aquisição de um produto só era possível pelo fruto proporcionado por outro produto (p. 71). Influenciou a Escola Americana de Economistas encabeçada por George