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A Esperança
A Esperança começa no ponto em que o segundo livro termina. Katniss é capturada ao final do Massacre Quaternário e acorda em um aerodeslizador, sem saber onde está, quem está com ela ou para onde a estão levando. Então Haymitch, Plutarch, Finnick e outros começam a lhe esclarecer as coisas... e Katniss se surpreende com tudo o que lhe é revelado.

A insurgência de Katniss nos Jogos fez surgir a esperança que deu título ao livro em português. Mas o título em inglês, Mockingjay (Tordo), além de ser mais original, significa também resistência. E é esse o grande mote do livro.

Aqui vemos Katniss fazendo parte da rebelião dos distritos contra a Capital. Sua mãe e irmã, Gale, Finnick e outros personagens estão todos aqui, todos bastante modificados pelos acontecimentos e tentando entender e reconstruir uma nova realidade. E Katniss tem um papel essencial em tudo isso: ela precisa se transformar no Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade.

Achei este o livro mais político de todos. Há muita ação, muitas reviravoltas. Os jogos agora são reais, não um entretenimento. Há lutas, armas, sobrevivência, perdas. Um dos maiores destaques é a transformação de Peeta, que sofreu física e psicologicamente nas mãos da Capital.

O final me surpreendeu bastante. Não, não vou contar para não estragar a surpresa... Mas achei diferente do que eu esperava. É o tipo de final em que ficamos pensando nas várias outras possibilidades.

A Esperança fechou muito bem a série. Não ficou nenhum “buraco”, não houve soluções mirabolantes. Ao ler uma das cenas finais, inclusive, em que há uma reunião dos tributos e dos líderes, eu pensei... “genial!”. Achei mesmo incrível, muito condizente com todo o contexto.

Enfim, reitero que esta foi uma das melhores distopias e uma das melhores séries que já li. Tem romance, mas não é melado. Tem ação, com mortes de personagens importantes, mas tudo bem contextualizado. Tem política, sem ser