Junio Economia
O emprego na indústria avançou 0,4% na passagem de novembro para dezembro de 2014, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado interrompeu uma sequência de oito taxas negativas consecutivas, mas foi insuficiente para reverter à tendência do ano.
Com isso, o emprego industrial acumulou uma queda de 3,2% em 2014. Com o resultado de 2014 o emprego na indústria registrou seu terceiro ano seguido de queda.
Em 2014, o pessoal ocupado assalariado recuou 3,2% em relação ao ano anterior. O resultado sucede quedas de 1,1% em 2013 e de 1,4% em 2012.
Além disso, o desempenho do ano passado foi o pior desde 2009, quando o emprego diminuiu 5,0% no total da indústria brasileira. Na comparação do mês de dezembro com dezembro de 2013, o emprego industrial apontou uma queda de 4,0%.
Trata-se do 39º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação.
Segundo o IBGE, foram registradas reduções no contingente de trabalhadores em todos os 14 locais pesquisados, com destaque para São Paulo (-4,7%), que teve o recuo mais intenso nesta comparação.
Já no ano de 2014, na comparação com 2013, a indústria paulista viu seu contingente de trabalhadores encolher 4,3%. O ritmo de demissões em São Paulo superou a média nacional no período.
Ao todo, 13 dos 14 locais pesquisados pelo órgão registraram redução no pessoal ocupado em 2014, segundo o IBGE.
Além de São Paulo, também tiveram reduções intensas Rio Grande do Sul (-4,2%), Paraná (-4,2%), Minas Gerais (-2,8%), Região Nordeste (-2,1%), Rio de Janeiro (-2,8%) e Região Norte e Centro-Oeste (-1,7%). A única influência positiva veio de Pernambuco, ainda que pequena: a alta foi de apenas 0,1%.
Setorialmente, a redução de pessoal ocupado atingiu 17 dos 18 ramos avaliados em dezembro ante igual mês de 2013, com destaque para as pressões negativas vindas de meios de transporte (-7,4%), produtos de metal