Junin
De
Filosofia
Junior Pedroso
Carol Faria
Vanessinha
Benedita
Nádia
Kesley
Edivania
Professora: Géssica Barradas
2013
METODOLOGIA NAS CIÊNCIAS HUMANAS
Resumo: Apresentação filosófica da questão da metodologia nas ciências humanas. Pretende-se apresentar e tipificar alguns tópicos filosóficos sobre a questão da metodologia nas ciências humanas, dentre os quais a instrumentação e a serventia dessas ciências. Utiliza-se de alguns dos princípios da lógica ilocucionária, tal como está preconizada por Daniel Vanderverken, para desenvolver uma reflexão filosófica sobre o sentido do termo «científico» relacionado às ciências humanas, em especial na abordagem dada por Pedro Demo e Roland Omnès. Discutem-se os proferimentos científicos das ciências humanas desde a sua forma anárquica à forma positivista. Oferece-se uma alternativa mais pragmática à interpretação dos proferimentos científicos associados às ciências humanas: a forma contextual do princípio de discutibilidade.
1. Introdução
Quando alguém profere «está cientificamente provado», ainda hoje em dia isso tem um peso muito forte. Lembra os tempos em que a Bíblia era a grande fonte de conhecimento e que, para encerrar um diálogo ou para ganhar um debate se apelava: «está escrito na Bíblia!”.». Às vezes nem estava. Mas, como poucas pessoas liam e memorizavam a Bíblia, essa evocação surtia um efeito falacioso muito forte. E assim foi até que a Bíblia passou a dividir o seu lugar hegemônico de critério de verdade com a ciência. Hoje em dia, para surtir o mesmo efeito falacioso, o locutor bradará: «está cientificamente provado!”.». Às vezes nem está. Em alguns casos, a opinião de um cientista, mesmo contrariando a vontade da maioria da população, é vencedora pela simples razão de ser a opinião técnica, a opinião cientificamente testada e aprovada. Por que será que isso acontece? Por que dizer que algo é científico tem um peso tão forte, independente de ser