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335 palavras 2 páginas
Linda Bimbi, afirma com razão , no belo prefácio da edição italiana da Pedagogia do Oprimido, que Paulo Freire é “inclassificável”. Estamos diante de um autor que não se submeteu a correntes e tendências pedagógicas, criou um pensamento vivo orientado apenas pelo ponto de vista do oprimido, sendo a ótica básica de sua obra, a qual foi fiel a vida toda. Paulo Freire defende a pedagogia do oprimido, a pergunta que se faz ainda hoje é a seguinte: esse ponto de vista ainda é valido? Ou Paulo Freire seria um autor já superado, porque sua luta pelo oprimido estaria superada. Ele passaria para a história como um grande educador, mas que não teria mais nada a dizer para o nosso tempo? Isso não é o que acontece, a sua pedagogia continua válida, não só porque ainda há opressão no mundo, mas por responder a necessidades fundamentais da educação de hoje. A escola e os sistemas educacionais encontram-se hoje frente a novos e grandes desafios diante da generalização da informação na sociedade que é chamada por muitos de sociedade do conhecimento, de sociedade da aprendizagem. A escola, nesse novo contexto, não pode ser apenas mais um espaço, entre outros, de formação. Precisa ser um espaço organizador dos múltiplos espaços de formação, exercendo uma função mais formativa e menos informativa. Precisa tornar-se um “circulo de cultura”, como dizia Paulo Freire, muito mais gestora do conhecimento social do que lecionadora. O pensamento de Paulo Freire é mais atual do que nunca, pois em toda a sua obra ele insistiu nas metodologias, nas formas de aprender e ensinar, nos métodos de ensino e pesquisa, nas relações pessoais, enfim, no dialogo. Por esse motivo, por ser um dos maiores educadores críticos do séc. XX, devemos continuar estudando a obras de Paulo Freire, não para venerá-lo como a um totem ou a um santo, nem para ser seguido como um guru, mas para ser lido, sobretudo estudá-lo e revê-lo criticamente, retomar seus temas, seus problemas, seus questionamentos.

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