João da Silva Correia
João da Silva Correia nasceu no Lugar das Vendas, em S. João da Madeira, no dia 7 de Novembro de 1896.
Seu pai era proprietário da Loja do Nicho, no lugar onde hoje está a sede do Clube de Campismo de S. João da Madeira.
Foi um dos filhos mais novos de uma família numerosa (tinha 8 irmãos).
Frequentou a escola primária em S. João da Madeira e o Colégio da Farrapa em Oliveira de Azeméis.
Foi industrial e comerciante de diversos ramos de negócio, tendo comprado em sociedade com um irmão a casa industrial “Correias, Lda.” Aí permaneceu como sócio desde 1924 até 1966.
Fez parte da Tuna Musical de S. João da Madeira, onde tocava violino.
Começou, desde muito novo, a escrever artigos e novelas para jornais da região. Em 1915 (com 18 anos), escreveu uma peça de teatro que foi representada por um grupo amador de teatro de S. João da Madeira.
Em 1925, casou com Berta Silva Pinho e Costa Correia, que reside actualmente no Porto.
Viveu durante os primeiros anos de casado nos Lugares do Barreiro e da Pica, em Cucujães.
Pouco depois de 1927 começou a manifestar-se a doença de Parkinson, que o atormentou até ao fim da vida.
Em 1931, com 35 anos, mudou novamente a residência para o Lugar da Quintã, em S. João da Madeira, onde nasceu o último de 5 filhos.
Durante a II Guerra Mundial, escreveu palestras para a secção portuguesa da BBC de Londres, com o pseudónimo de João Ninguém.
Em 1935, obteve o 1º prémio de um concurso literário de novelas promovido pelo jornal O Diabo, com a novela “Mijados e Chamorros”, que hoje integra a colectânea de novelas Farândola. Em 1940, fixou residência definitiva em Carcavelos, Santiago de Riba-Ul, numa moradia que mandou construir.
Colaborou em diversos jornais e revistas do Porto e Lisboa.
Trocou correspondência com diversas personalidades portuguesas e brasileiras como, por exemplo: Ferreira de Castro, Assis Esperança, Roberto Nobre, Fernando Namora, Jaime Brasil,