José régio
José Régio pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, nasceu no dia 17 de setembro de 1901 em Vila do Conde no seio de uma família pertencente á burguesia.
Publicou os seus primeiros poemas, ainda jovem, em jornais como: O Democrático e
República.
Com dezoito anos licenciou-se em Filologia Românica na cidade de Coimbra.
Em 1927 fundou a revista Presença juntamente com
Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões. Este também escreveu jornais como o Diário de Notícias e o Comércio do Porto.
Também na área da imprensa com contribuiu em várias publicações periódicas de revistas.
Em 1928 mudou-se para Portalegre onde viveu grande parte da sua vida (viveu lá cerca de quarenta anos).
Em 1966 reformou-se e voltou para Vila do Conde, a sua terranatal. Mesmo assim depois de reformado não parou de escrever.
Ainda neste ano recebeu o Prémio Diário de Notícias.
Nunca chegou a casar e em 1969,mais especificamente no dia 22 de dezembro, foi vítima de ataque cardíaco no qual não resistiu e acabou por falecer.
José Régio foi possivelmente o único escritor português a dominar todos os géneros literários.
Foi poeta, dramaturgo, romancista, novelista, cronista, jornalista, crítico, autor de diário …
José Régio é considerado um dos grandes criadores da literatura portuguesa moderna.
Todas as suas obras são devidamente refletidas sobre problemas relativos ao conflito entre
Deus e o Homem, o indivíduo e a sociedade.
Poema cântico negro:
Cântico Negro
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao