José Gomes Ferreira
Foi um escritor português nascido a 9 de Junho de 1900, na cidade do Porto, e falecido a 8 de Fevereiro de 1985, na cidade de Lisboa. Formou-se em Direito na Universidade de Lisboa. Foi cônsul na Noruega entre 1926 e 1929. Entre ao anos 30 e os anos 50, traduziu fitas cinematográficas e redigiu através de vários pseudónimos, crónicas, historietas, intrigas policiais, para pequenas publicações e colaborou com algumas revistas, jornais e antologias poéticas. Em 1948 iniciou a publicação da sua obra poética, que mais tarde foi reunida em três volumes de Poeta Militante – Viagem do Seculo Vinte em Mim, foi uma criação poética caracterizada pela violência da denúncia de todo o tipo de situações de injustiça e de alienação.
Foi autor de uma considerável obra em prosa, ficcional e de recriação de memórias, marcada, pelas conhecidas Aventuras de João Sem Medo. A sua poesia encontra-se reunida em coleção na obra Poeta Militante (1977-78), na ficção tem obras como O Mundo dos Outros (1950), Aventuras Maravilhosas de João Sem Medo (1963), Tempo Escandinavo (1969) e O Irreal Quotidiano (1971) e nas suas obras encontramos também as suas memórias em A Memoria das Palavras (ou o Gosto de Falar de Mim) (1965).
Em 1961 recebeu o Grande Premio da Poesia atribuído pela Sociedade Portuguesa de Escritores à sua obra Poesia III. Tendo mais tarde sido presidente da Associação Portuguesa de Escritores em 1978.
A sua escrita salienta uma grande preocupação humanística, com constante atenção aos problemas do nosso tempo, englobando temas como a liberdade, a dignidade humana e a solidariedade para com os outros, sobretudo no sofrimento.
Politicamente, opôs-se a ditadura de Sidónio Pais, e consequentemente, também se opôs á ditadura de Oliveira Salazar. E em 1979, candidato por Lisboa e foi condecorado grande oficial na Ordem Militar de Santiago de Espada por Ramalho Eanes.
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