JORNALISMO P S INDUSTRIAL
6295 palavras
26 páginas
JORNALISMO PÓS-INDUSTRIAL – INTRODUÇÃOO dossiê “Jornalismo Pós-Industrial – Adaptação aos novos tempos“, produzido pelo Tow Center for Digital Journalism da Escola de Jornalismo da Universidade Columbia (2012, EUA), que foi traduzido no Brasil pela Revista de Jornalismo ESPM, e reproduzido no Observatório da Imprensa, trata de questões relacionadas ao que os seus autores – C.W. Anderson, Emily Bell e Clay Shirky – classificam como jornalismo pós-industrial. Atualmente, já não existe mais a indústria jornalística tal como era e que se mantinha em pé por condições que também já não existem mais. Na última década, as pessoas passaram a ter mais liberdade para se comunicar e a imprensa não é a única que consegue tornar uma informação pública. Segundo o dossiê, essas mudanças causaram a queda na qualidade do jornalismo americano, e é preciso pensar em novas possibilidades e novas formas de organização para que a situação possa melhorar. No entanto, ainda é prevista uma piora no jornalismo antes que a qualidade volte a subir.
Para que o quadro atual melhore, são sugeridas saídas como produção de um jornalismo de utilidade pública, com a utilização de técnicas e ferramentas inovadoras. É preciso “adaptação” ao mundo em que o público não é mais apenas leitor nem telespectador, é também capaz de interagir. No entanto, as novas técnicas sozinhas não serão suficientes. É preciso mudar também a organização dos veículos de comunicação. Sendo assim, o dossiê parte de cinco grandes convicções: o jornalismo é essencial; o bom jornalismo sempre foi subsidiado; a internet acaba com o subsídio da publicidade; a reestruturação se faz, portanto, obrigatória; e há muitas oportunidades de fazer um bom trabalho de novas maneiras.
A primeira convicção mostra que o jornalismo é essencial porque mostra ao público injustiças sociais, cobra promessas políticas, informa os cidadãos e ajuda na formação da opinião pública. No entanto, nem todo jornalismo é essencial. O dossiê foca o trabalho