Jornal

Informativo – Agosto 2000 Nº 01/08

Trimestral – 700 exemplares

PSICOLOGIA & SAÚDE
Caro Cliente e Amigo,

PATERNIDADE
Muito se escreveu sobre a maternidade e sabemos a importância da mãe no cuidado do bebê e da criança. Atualmente vem sendo pensada a importância da paternidade no cuidado dos filhos. A legislação inclusive tem proposto arranjos mais igualitários na guarda das crianças na separação. Vivemos então um período de mudanças, pois o contexto sócio-histórico, atual permite que as funções no cuidado das crianças possam ser pensadas e modificadas em prol de uma participação mais equilibrada. No passado o pai era aquele que tinha sob o seu poder esposa, filhos e escravos, dispondo de todos como propriedades. Foi o único provedor da família durante um longo período, sendo um pai distante e autoritário. Hoje divide a função de provedor e também de cuidador. Se antes não demonstrava seu afeto, hoje lida de forma mais tranqüila com ele. Existem linhas de pensamentos que consideram que a presença do pai facilita a passagem do mundo da família para o da sociedade. Isso inclui o acesso à agressividade, à afirmação de si, à capacidade de se defender e de explorar o ambiente. Quando bem paternizadas, as crianças sentem-se seguras em seus estudos, na escolha de uma profissão ou na tomada de iniciativas pessoais.

Na visão psicanalítica, o pai ocupa a função de lei, aquele que proporciona limites, transmite confiança e segurança para o filho, mediando à relação mãe-bebê tornando-a mais flexível. É com o pai que o menino se organiza para tornar-se homem e a menina organiza o ideal de homem para uma mulher. A paternagem em linhas gerais, tanto para meninos como para meninas fala da qualidade das relações sociais. A paternidade e seu exercício se constroem nas informações e conhecimentos transmitidos ao longo da vida. Assim, o homem não se torna pai do dia para a noite, e também a mulher não se torna mãe de repente. A diferença está na criação. A mulher é