JOBS
Logo no início do filme, Jobs diz que não consegue trabalhar para outras pessoas. É daí que vem o seu espírito de empreendedor, que o leva a fundar a Apple Computer na garagem da sua casa. Nada era capaz de fazê-lo duvidar do sucesso da sua empresa, nem mesmo o ambiente precário e a falta de clientes para adquirirem o computador desenvolvido pela equipe.JOBS ainda trabalha com o humor causado pela equipe inicial que fazia parte da Apple. Steve contava com seus amigos de faculdade, um adolescente que vivia na mesma rua que ele e um engenheiro roqueiro e rebelde. O escritório da Apple era a garagem da casa da família Jobs e era ali que acontecia toda a produção dos computadores. A vida pessoal do inventor também foi retratada no filme, ainda que poucas vezes. Os problemas de relacionamento de Jobs e a paternidade que não foi assumida por ele causam certa repulsa no espectador, criando sentimentos controversos de admiração e aversão pela personalidade do personagem. Porém, como qualquer projeto da Apple, Jobs teve os seus próprios bugs. A cena das visões causadas pelo LSD usado por Steve mescladas com a viagem espiritual que o inventor fez para a Índia deixam a desejar por não deixarem claro o período “zen” no qual ele se encontrava. A cena acabou por ficar fora de contexto em meio às conquistas tecnológicas de Jobs. Steve também perde pontos com a sua personalidade. Por melhores que fossem suas ideias, a falta de capacidade de trabalhar em equipe e o egoísmo do personagem causam dúvidas sobre até onde é permitido ir para conquistar um império. Jobs sabia exatamente o que queria que fosse feito e não media esforços para consegui-lo, o que ocasionou a sua expulsão da própria empresa. É difícil não invejar a perseverança e criatividade de Steve Jobs, que era capaz de transformar projetos precários como o Macintosh em grandes sucessos. JOBS dá a certeza de que qualquer sonho é possível, desde que você tenha as ferramentas necessárias