jesus vem
Depois dos gestos e dos grunhidos, o homem pré-histórico deu os primeiros passos rumo à escrita quando surgem os esboços lineares, mesmo que inconscientemente e sem saberem a força poderosa que estavam a introduzir no mundo.
Muito tempo passou até à tomada de consciência de que estes pictogramas tinham efectiva importância. Estes registos pictográficos desenvolveram-se em sistemas a que poderíamos chamar de “escrita”, no sentido quase moderno da palavra. Arthur Evans encontrou em Creta, onde mais tarde se desenvolveu a verdadeira escrita, substractos primitivos de pictogramas lineares. Com o aparecimento da escrita pode dizer-se que se inicia a história do livro.
A evolução dos pictogramas para a escrita é fácil de ter resposta rigorosa, mas percebe-se que os espécimes mais antigos, pela forma e interpretação dos caracteres usados nestes registos, compreenderam a tempo a vantagem de associar definitivamente certos símbolos pictográficos a determinados objectos ou ideias. Assim, as pictogravuras tornaram-se a pouco e pouco em ideogramas ou símbolos que representavam ideias generalizadas tiradas dos objectos. Torna-se evidente que a forma primitiva da escrita foi ideográfica (que ainda hoje tem seguidores, como é o caso da língua chinesa). Com o passar do tempo, chegaram as limitações de escrita ideográfica. Com o avanço das actividades humanas, mais complexas, justifica-se a criação de cada vez mais ideogramas, difíceis de recordar.
Milhares de anos foram precisos para libertar os povos da escrita ideográfica, justificada pelo papel de privilégio das classes eclesiásticas que tinham razões para não permitirem que este misterioso processo (um sistema de escrita puramente fonético) se tornasse conhecido pela população vulgar. Outro obstáculo para o desenvolvimento da escrita fonética verificou-se entre os egípcios devido ao grande número de palavras de sons idênticos mas de significado diferentes – homófonas.
A maior parte dos