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ÍndiceAlmeida Garrett
Vida
João Batista da Silva Leitão, a que só depois acrescentaram os apelidos com que se notabilizou, nasceu a 4 de Fevereiro de 1799 numa casa da velha zona da ribeirinha do Porto. Segundo filho, entre cinco irmãos, de António Bernardo da Silva e de Ana Augusta de Almeida Leitão, família burguesa ligada à atividade comercial e proprietária de terras na região portuense e nas ilhas açorianas. Com apenas 17 anos, matriculou-se na Universidade de Coimbra, para estudar Leis, sendo aí que entrou em contacto com as ideias liberais. Almeida Garrett participou com ardor na revolução vintista de 1820, como poeta e dramaturgo, mas também como dirigente estudantil e orador. Em 1821, representa o Catão e publica em Coimbra O Retrato de Vénus, obras marcadas ainda por um estilo arcádico. Em 1823, após a subida ao poder dos absolutistas, é obrigado a exilar-se em Inglaterra onde inicia o estudo do romantismo, movimento artístico-literário então já dominante na Europa. Regressa em 1826 e passa a participar na vida política aplicando-se em trabalhos políticos que fixaram as bases de doutrinação liberal. No período conturbado que se seguiu, o trajeto pessoal do escritor (já casado com Luísa Midosi) entrelaça-se com a história política do Liberalismo. No entanto em 1828 é obrigado a exilar-se novamente depois da contra revolução de D. Miguel. A permanência em França e Inglaterra permitiu-lhe conhecer o movimento cultural europeu, na sua dimensão artística e ideológica. A publicação (ainda em Paris) dos poemas Camões e Dona Branca – os primeiros textos românticos portugueses – constitui o resultado mais simbólico e expressivo dessa experiência. Seguiu-se a guerra civil, período em que ao novo rumo do gosto literário junta a pedagogia liberal de uma legalidade constitucional e de uma prática das liberdades, iniciando-se assim na carreira diplomática. Em 1832, na Ilha Terceira, incorpora-se no exército liberal de D. Pedro IV e participa no cerco