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A LÓGICA PARACONSISTENTEPara entendermos algo sobre as lógicas paraconsistentes, vamos considerar dois fatos que atestam a sua relevância. O primeiro é que, em 1997, realizou-se em Gent, na Bélgica, o Primeiro Congresso Mundial sobre Paraconsistência. O segundo congresso foi realizado em São Sebastião, São Paulo, em Maio de 2000 e o terceiro em Toulouse, França, em Julho de 2003, cada um deles atraindo um número maior de pesquisadores e demais interessados no ‘fenômeno da paraconsistência’; um quarto congresso está sendo programado para a Austrália em futuro breve. O outro fato está ligado ao célebre periódico Mathematical Reviews. A partir de 1991, esta publicação mensal da American Mathematical Society, que traz resenhas (descritivas ou críticas) de artigos das mais importantes publicações (revistas, livros, atas de congressos) do que se considera matemática presentemente, e que apresenta uma detalhada subdivisão da matemática nas suas diversas áreas, passou a contar com a seção sobre lógica paraconsistente. Após 2000, a referida seção foi incorporada a uma mais ampla, intitulada “Lógicas admitindo inconsistências (lógicas paraconsistentes, lógica discussiva etc.)", agregando uma variedade maior de sistemas.
Mudanças deste tipo são comuns; de tempos em tempos, o comitê editorial de Mathematical Reviews (e de sua similar alemã Zentralblatt für Mathematik) revisa as subdivisões do que se poderia chamar de matemática do nosso tempo, acomodando temas, suprimindo assuntos ou acrescentando outros que se evidenciaram como importantes. Ressalte-se que o que é ou deixa de ser parte de uma disciplina como a matemática depende de vários fatores, e muda com o tempo. Por exemplo, no século XVII a astrologia era parte da matemática, o que não mais ocorre hoje em dia. Mas, voltando ao assunto, o que a referência explícita às lógicas paraconsistentes em uma seção de um veículo tão importante como Mathematical Reviews e a realização dos mencionados congressos