Jaracatiá
Sua arvore pode atingir 20 metros de altura e é conhecida como mamão bravo, por causa do leite ácido que escorre dela, não é cultivada comercialmente, mas é bem fácil encontrar alguns pés espalhados por sítios. No município de São Pedro, em São Paulo, até se tornou um símbolo e em algumas escolas rurais e virou tema obrigatório de estudo.
Os índios do sul e sudeste brasileiro foram os primeiros a utilizar os frutos, que mesmo podendo ser consumido in natura, eram comidos assados, moqueados, o motivo é que quando o fruto é cortado, libera uma seiva, um tipo de látex, enzima chamada papaína, que queima a boca e irrita o estomago, essa substancia é muito utilizada na indústria alimentícia como amaciantes de carne e na indústria farmacêutica.
O primeiro registro oficial da fruta foi feito pelo cronista português Gabriel Soares de Souza, em seu Tratado descritivo do Brasil (1587): “Nesta terra da Bahia se cria outra fruta (…), que em tudo se parece com estes mamões de cima, senão que são mais pequenos, à qual os índios chamam jaracatiá, mas têm a árvore delgada, de cuja madeira se não usa. Esta árvore dá a flor branca, o fruto é amarelo por fora, da feição e tamanho dos figos bêberas ou longais brancos, que têm a casca dura e grossa, a que chamam em Portugal longais; desta maneira, tem esta fruta a casca, que se lhe apara quando se come, tem bom cheiro, e o sabor toca de azedo, e tem umas sementes pretas que se lançam fora.” .
No inicio do século XX, os imigrantes italianos que vieram para o Brasil em busca de trabalho nas lavouras de café começaram a utilizar o jaracatiá como doce a partir do tronco, que criava um doce desfiado parecido com coco ralado, seu nome popular era coco-de-pobre. Há um outro doce também feito do caule da planta ralado, prensado e depois