jaguaré e romantismo
José de Alencar nasceu no Ceará, em 1º de maio de 1829. Era filho de José Martiniano de Alencar, padre que mais tarde seria eleito senador, e que abandonaria a carreira sacerdotal para unir-se a sua prima
Ana Josefina de Alencar. A família de Alencar mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, quando o escritor era ainda criança; na década de 1840, o escritor se mudaria para São Paulo, onde seria aluno da Faculdade de Direito. Mais tarde, ele se destacaria também no cenário político. O primeiro romance de Alencar, “Cinco minutos”, foi lançado em 1856, sob a forma de folhetim; no ano seguinte, também como folhetim, publicou “A viuvinha”. O romance que o faria notório, todavia, seria “O Guarani” (1857): com ele, José de Alencar criaria uma verdadeira mitologia nacionalista em moldes europeus: seu herói, o índio Peri, destaca-se por sua moralidade e suas atitudes cavalheirescas. Outros dois romances completariam a chamada “trilogia indigenista”: “Iracema” (1865), cuja personagem principal caracterizava-se por ser a “virgem dos lábios de mel”, e “Ubirajara” (1874), que narra à formação de um valoroso guerreiro indígena. A obra de Alencar, no entanto, é muito diversificada, e nela existem romances das mais diferentes tendências: há livros regionalistas, como “O Gaúcho, (1870) e “O Sertanejo” (1875); urbanos, como “Lucíola” (1862), “Senhora” (1875) e “Encarnação”, publicado postumamente (1893); e históricos, como “As minas de prata” (1º vol., 1865; 2º vol., 1866) e “A Guerra dos Mascates” (1873). Também escreveu crônicas e peças de teatro. A obra de Alencar destaca-se por sua qualidade técnica, suas inovações no uso da língua portuguesa e seu nacionalismo. Ele foi um dos principais responsáveis por criar uma literatura autenticamente brasileira, repleta de símbolos e valores autenticamente nacionais, seguindo os princípios do Romantismo. José de Alencar faleceu no Rio de Janeiro, tuberculoso, em 12 de dezembro de 1877. Machado de Assis, que