itenerário cartesiano

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Itinerário Cartesiano
A teoria do conhecimento pode ser abordada de várias maneiras, como o dogmatismo, o ceticismo e o criticismo. O ceticismo é a teoria que defende a impossibilidade de chegar a um conhecimento certo, ou seja, não temos certeza de nada, visto que para justificar uma crença utiliza-se outra crença, não existindo assim uma crença-base. Sendo este argumento chamado de argumento da regressão infinita, no qual não é possível conhecer, visto que o sujeito não tem capacidade para tal.
Assim, surgiu a dúvida cética, uma dúvida fechada onde não é possível chegar a um conhecimento, tendo fim em si mesmo. Ou seja, se há conhecimento então as nossas crenças estão justificadas, mas nenhuma crença está justificada, logo, não há conhecimento. Pode-se considerar este argumento válido, pois das premissas deriva a conclusão, mas não é sólido, pois a segunda premissa não é inteiramente verdadeira.
Descartes procurou sempre refutar o ceticismo, mas muito dos céticos consideravam-no um. A diferença era que Descartes partia da dúvida tal como eles, mas não permanecia nela. Assim, a dúvida metódica ou cartesiana diferenciava-se da dúvida cética, pois esta era aberta, ou seja, a dúvida era um meio para encontrar um conhecimento indubitável.
A dúvida metódica pode ser hiperbólica, quando procura encontrar um conhecimento cético/seguro explorando todas as possibilidades de erro, e também pode ser sistemática, quando procura examinar cuidadosamente as formas de erro. A dúvida hiperbólica é suportada pelos seguintes argumentos:
Os sentidos provocam erros;
O raciocínio provoca erros;
Não sabemos se a realidade é mesmo um mundo real onde vivemos, ou se é uma realidade virtual;
Não sabemos se existe certeza de algo. Com isto, Descartes concluiu que todo o conhecimento pode ser falso, por isso, vai duvidar sempre de tudo. O primeiro princípio da filosofia que Descartes procurava era o cógito “Penso, logo existo.”, um princípio firme e certo. Ficou conhecido como

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